Uma pesquisa
publicada no jornal científicoActa Psychologica promete dar o que falar: os cientistas
conseguiram descobrir com qual idade se mente mais. Você faz alguma ideia? Além
disso, também descobriram em qual período da vida se mente melhor – afinal,
quantidade nem sempre é sinônimo de qualidade.
O curioso estudo
foi feito com visitantes do Centro Científico NEMO, localizado em Amsterdã, na
Holanda. Pouco mais de mil voluntários, com idades entre 6 e 77 anos,
responderam perguntas de conhecimento geral.
O site Research
Digest trouxe um exemplo de questionamento feito nessa pesquisa: “Os porcos
podem voar?”. Dependendo do tempo de reação para a resposta e a sua veracidade,
foi possível determinar quem mente mais e quem mente melhor.
Resultados
Os melhores
mentirosos são aqueles com um tempo de resposta mais rápido do que às outras
pessoas. Os pesquisadores conseguiram determinar que isso acontece
principalmente com indivíduos entre 18 e 29 anos. A arte de mentir gerou um
gráfico na forma de “U” invertido. Crianças e idosos são os piores mentirosos,
enquanto os jovens adultos são mestres na arte de inventar histórias.
Os adolescentes,
entretanto, foram os que mentiram mais. A metodologia para chegar a essa
conclusão foi diferente – e muito calcada na confiança das respostas dos
entrevistados, o que chega a ser quase incoerente com a pergunta. Os cientistas
quiseram saber quantas mentiras cada voluntário havia contado nas últimas 24
horas, tento pessoalmente quanto pela internet e para pessoas conhecidas ou
não.
A média, no
geral, foi de uma a duas mentiras contadas – o que coincide com resultados de
pesquisas anteriores. Porém, entre os adolescentes essa média sobe para 2,8
lorotas por dia! Novamente o gráfico na forma de “U” invertido mostra que crianças
e idosos mentem em menor quantidade.
Mentira está
relacionada ao controle inibitório
Essas pesquisas
foram comandadas por Evelyne Debey e chegaram a uma teoria interessante: a
concentração maior de mentirosos entre a adolescência e a juventude segue o
padrão de mudanças etárias relacionadas ao controle inibitório.
Para comprovar
essa teoria, os voluntários também fizeram mais um teste. De frente para uma
tela, as pessoas precisavam responder se viam um “X” ou um “O” e pressionar o
botão correspondente para isso. Em 25% dos testes, um sinal sonoro de parada
indicava que a resposta precisava ser trocada.
Os jovens que
precisavam trocar a resposta foram muito mais rápidos do que crianças e idosos,
comprovando o controle inibitório e a possível relação com a habilidade na hora
de contar mentiras.
Fonte: Mega
Curioso
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