Todo mundo já
ouviu falar da menopausa, não é mesmo? Na verdade, de acordo com o Dr. Drauzio Varella, existe um pouco de confusão sobre o que
esse termo designa e, em realidade,menopausa é o nome da última menstruação de uma mulher — que costuma acontecer entre
os 45 e 55 anos de idade. Já a transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo se chama climatério,
embora muita gente se refira a ele como menopausa também.
Essa etapa de
transição, como você sabe, muitas vezes é caracterizada por irregularidades na
menstruação — como ciclos mais escassos, mais ou menos frequentes e até
hemorragias —, ondas de calor, problemas para dormir, e alterações na libido e
no humor. Outros sintomas incluem a perda de massa óssea, um aumento no risco
de desenvolvimento de doenças cardíacas e variações na pele, unhas e cabelos,
que se tornam menos viçosos e quebradiços.
Nem todas as
mulheres sofrem com esses sintomas, mas as que padecem com eles podem controlar
a situação com a reposição hormonal. Mas, deixando de falar das mulheres e
voltando a nossa atenção para os homens, existe um debate entre a comunidade
médica a respeito da transição que eles enfrentam na meia idade — e se esse
fenômeno seria um caso de menopausa (ou, melhor dizendo, climatério) masculina.
Andropausa
De acordo com
Jonathan Wells do portal The Telegraph, a existência do período de transição masculino
foi proposta pela primeira vez na década de 40, e ele ficou conhecido pelo nome
de andropausa. Mas, como o problema só foi identificado em casos isolados, até
recentemente havia muita resistência em aceitar a andropausa como uma condição
médica real por falta de evidências científicas.
Entretanto, um estudo recente parece ter apresentado as provas
necessárias para atestar a existência da andropausa. Segundo Wells, a pesquisa
foi realizada ao longo de 25 anos e envolveu o acompanhamento de quase 2,5 mil
homens que tiveram seus níveis de testosterona medidos periodicamente através
de vários métodos.
Os resultados
apontaram que a queda desse hormônio masculino — que geralmente acontece entre
os 40 e 55 anos de idade — provoca sintomas como dores nas juntas, sudorese
noturna, insônia, surgimento de problemas cardiovasculares, osteoporose,
alterações de humor e diminuição da libido. Eles soam familiares para
você?
Problema real
Segundo Malcolm
Carruthers, o médico responsável pelo estudo, o problema em reconhecer a
andropausa como sendo um período de transição tão prevalente e previsível como
o climatério feminino se encontra nos métodos utilizados para medir os níveis
de testosterona dos homens.
Conforme
explicou, geralmente a medição é feita por meio de amostras de sangue, e os
resultados são comparados apenas entre exames de homens da mesma idade. Por
isso, embora os níveis possam ser considerados “normais” com respeito aos níveis
de outros indivíduos, esse método não permite identificar se um homem que tinha
altas taxas de testosterona quando jovem sofreu reduções drásticas aos 40 ou 50
anos, por exemplo.
Mais comum do que
se pensava
De acordo com
Wells, 25 mil homens no Reino Unido haviam sido diagnosticados como
possivelmente sofrendo de sintomas — comparáveis com os das mulheres —
provocados por desequilíbrios hormonais. Contudo, com base no estudo
apresentado por Carruthers, é provável que o número de casos suba para perto de
2 milhões, o que significa que 1 em cada 5 homens britânicos estaria passando
pela andropausa.
Ainda
segundo Wells, a pesquisa revelou que, embora a andropausa não seja tão
facilmente identificável como o climatério — afinal, os homens não apresentam
os sintomas mais aparentes, ou seja, as irregularidades menstruais! —, a
transição masculina existe e mais homens podem se beneficiar de tratamentos
para aliviar os sintomas. E o tratamento, assim como acontece com as mulheres,
é baseado na simples reposição hormonal.
Fonte: Mega
Curioso
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