O mês passado foi o junho mais quente dos registros históricos. O dado, divulgado pela Nasa na semana passada, aponta que a temperatura média global no mês foi 0,8°C maior que a média histórica do período, o que sugere que 2015 pode quebrar um novo recorde de temperatura. 2014, por enquanto, ocupa essa posição.
Os
registros mensais da agência espacial norte-americana tiveram início em 1880 e
são comparados com a média observada no século 20. O mês passado superou junho
de 1998, até então o mais quente (0,77°C acima da média). O motivo, na época,
foi a ocorrência do El Niño, fenômeno de aquecimento das águas do oceano
Pacífico que está acontecendo agora também.
É
ele que está causando, por exemplo, esse inverno estranhamente úmido em São
Paulo. Alguns meteorologistas já estimaram que o El Niño de 2015, que vem
crescendo em intensidade nos últimos dois meses, pode ser o mais forte dos
últimos 50 anos, o que pode contribuir para aquecer ainda mais um planeta que
já está sofrendo com elevação da temperatura por causa das altas emissões de
gases de efeito estufa. A média global de temperatura do ano passado foi 0,69°C
maior que a média do século 20.
De
acordo com o meteorologista Marcelo Schneider, do Instituto Nacional de
Meteorologia (Inmet), o Brasil começou a sentir mais os efeitos do El Niño no
último mês. Para São Paulo, no entanto, a presença de umidade tem contribuído
para segurar um pouco a elevação da temperatura. A média das temperaturas
mínimas na capital em junho deste ano foi de 14,1°C. No mesmo mês do ano
passado, foi de 14,6°C. Ele afirma, no entanto, que o fenômeno deve se
intensificar nos próximos meses, o que pode trazer extremos rápidos de
temperatura - pode fazer mais calor e, eventualmente, até alguns dias mais
frios, mas a baixa temperatura teria curta duração.
Fonte: Mega
Curioso
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