Desde pequenos,
nós somos bombardeados com informações sobre o universo, seus tamanhos,
distâncias, etc. São dados como “o planeta Terra está a cerca de 400 mil
quilômetros da Lua”, “o Sol tem diâmetro superior a um milhão de quilômetros”
ou que “Plutão está quase seis bilhões de quilômetros do Sol”. Entre
outros, somados ao tamanho “infinito” do universo muitas vezes não são nem
considerados ou levados em conta pelas crianças. Recentemente, tivemos a
notícia de que a sonda
espacial New Horizon, após nove anos de seu lançamento, se aproximou em
distância recorde de Plutão e nos enviou imagens em alta definição da
superfície do planeta-anão.
Mas o quê esses
números representam para nós? Alguma vez você parou pra pensar que medidas
absurdas são essas? Será que em sua imaginação você imagina o Sistema Solar de
uma maneira correta? Bem, o designer gráfico Josh Worth, como ele próprio
descreve em seu site, tentando explicar para sua filha de 5 anos o que
representaria uma viagem de férias a marte nos próximos anos, se deparou com a
dificuldade em se mensurar essas distâncias em uma comparação com algo
existente. Foi aí que Worth teve a ideia de mapear o sistema solar com a escala
da Lua em um pixel, em um trabalho que chamou de “Um mapa do Sistema Solar com
escala precisamente entediante”.
Esqueça aquelas
memoráveis maquetes que fez ou viu durante o ensino fundamental. O resultado é
uma página de navegação que apresenta uma viagem realmente monótona e
entediante e que, certamente, vai derrubar qualquer noção do Sistema Solar que
você tenha até hoje. Entretanto, a quantidade de informações, bem como o
detalhamento das distâncias entre os planetas e o astro máximo do Sistema
Solar, é muito interessante e esclarecedora. Aos interessados, a página pode
simular, em escala reduzida, uma viagem que levaria muitas vidas para ser
completada.
No
site, intitulado “Se a Lua fosse apenas 1 pixel”, a tela inicial possui um
fundo preto e, ao clicar na flecha direita da barra de rolagem inferior, a tela
vai te levando para o ponto onde logo inicia a exploração do Sistema Solar em
pixels. Como não poderia deixar de ser, o primeiro astro que aparece é o Sol,
com o qual há uma explicação sobre a escala, mostrando o que seria a lua em um
pixel e como ficaria o tamanho do astro. No mapeamento realizado por Josh
Worth, o pixel representa o diâmetro da Lua, ou seja, precisos 3474,8
quilômetros. Para os visitantes do site terem ainda mais noção, há a informação
de que essa medida também é a distância aproximada entre as cidades de Nova
York e Las Vegas, nos Estados Unidos.
Junto com o Sol e
as informações iniciais, no pé da página, há uma régua que representa a escala
explicitada, para que o visitante acompanhe a distância que está “percorrendo”
virtualmente. Aqui há um ponto bem interessante, pois a pessoa pode escolher a
unidade que lhe couber melhor. A unidade padrão é o quilômetro, mas há as
opções de milha, unidade astronômica, minutos luz, “terras”, pixels, ônibus,
“baleias azuis” e “Muralhas da China”. Sim, dessa forma o visitante pode saber
quantas muralhas da China precisam ser construídas para ir da Terra ao Sol ou
quantas baleias azuis dariam o tamanho da distância entre a terra e marte, por
exemplo.
Entre
um astro e outro, percorrendo a página pela barra de rolagem, a experiência é
demorada, mas apresenta várias mensagens irreverentes e informações
interessantes. Logo no início, por exemplo, no ponto que representa os 30
milhões de quilômetros, há o aviso “bem vazio aqui” e logo você chega no primeiro
planeta, Mercúrio, aos “58 milhões de quilômetros rodados”. Outras mensagens
que aparecem são “a maior parte do espaço é apenas espaço”, “No meio do caminho
para casa”, entre Vênus e a Terra, ou logo depois, “levaria cerca de sete meses
para viajar esta distância em uma nave espacial (...) você precisaria de 2 mil
filmes de longa metragem para ocupar tantas horas de vigília”.
Ao
chegar na Terra, há o pixel que representa a Lua, mostrando o quanto nosso
satélite natural está próximo do nosso planeta. Há também a informação “você
está aqui”, para evitar que as pessoas “se percam” no mapa universal. No final,
ao chegar em Plutão, a página esclarece: “É melhor parar por aqui. Nós
precisaríamos rolar por mais 6.771 mapas como este, caso quiséssemos ver mais
alguma coisa”.
Para navegar no
espaço em pixels, você têm três opções: escolhendo o planeta por um menu
localizado na parte superior da tela; pela barra de rolagem inferior; ou pelo
equivalente à velocidade da luz. Para ativar essa opção, há um ícone no canto
inferior direito e, ao clicar, a página começa a navegar sozinha. Na escala
correta, a velocidade da luz se mostra mais lenta do que se espera, por isso o
site diz “Assim é a velocidade da luz. É a velocidade mais rápida permitida
pelo Universo. Sério… se você tiver pressa para chegar em algum lugar do
espaço, vai ter que se entender com o Sr. Einstein”.
Fonte: Mega
Curioso
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