Duzentos milhões de espermatozoides: essa é a quantidade média produzida
pelos testículos diariamente. O processo para chegar a esse número, no entanto,
é um pouco mais extenso, levando 64 dias até o fechamento de um ciclo completo.
E se os testículos são como grandes fábricas, as linhas de montagem
chamam-se túbulos seminíferos. Um homem pode ter de 250 a 1.000 túbulos por
testículo, e cada um deles pode chegar a 70 centímetros de comprimento – a
extensão aproximada de todos os túbulos do testículo combinados é de 250
metros!
Uma parede chamada de epitélio germinativo envolve os túbulos, e é nela
que a maior parte do desenvolvimento dos espermatozoides acontece. Tanto a parede
quando os túbulos são formados por dois tipos de células principais: as
espermatogônias, que darão origem aos espermatozoides; e as células de Sertoli,
que funcionam como as "babás" durante todo o processo.
Enquanto as espermatogônias ficam se amontoando na parte de fora do
epitélio germinativo, as células de Sertoli ficam no interior, fazendo o
controle do fluxo de secreções entre os compartimentos tubulares e, dessa
forma, controlando também a maturação das células germinativas.
Antes de se tornarem um espermatozoide, as espermatogônias têm que
passar por seguidos processos de divisão celular – as meioses e mitoses
daquelas aulas de biologia, lembra? –, incluindo a fase de espermatócito e
espermátides. Para cada fase de maturação, as células de Sertoli movimentam os
futuros espermatozoides para mais próximo do centro do túbulo seminífero e os
ajudam a maturar através da secreção de proteínas.
No final dessa linha de produção, as espermátides já passam a
desenvolver sua cauda – ou flagelo –, reorganizar seu conteúdo celular e se
desfazer de boa parte do citoplasma (para ficarem mais rápidas), até finalmente
se tornarem um espermatozoide pronto para a geração de uma nova vida.
Fonte: Mega Curioso
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