A visão depende
de uma região do cérebro chamada córtex visual primário. Qualquer dano
nessa região pode causar cegueira em áreas específicas do campo visual.
Mas algumas
pesquisas tem demonstrado que pessoas cegas usam as mesmas regiões do cérebro
para manipular objetos que as pessoas que veem normalmente.
Segundo
especialistas, isso reforça a evidência de que o cérebro é capaz de se adaptar
a situações incomuns,como a falta de visão. Quando uma pessoa olha para um copo
que está na sua frente, por exemplo, em uma mesa, uma série de reações
acontecem no seu cérebro.
Uma parte do cérebro categoriza o objeto e então outra parte do
órgão pensa na forma e no tamanho do copo, sua localização exata e o que a
pessoa vai ter que fazer com a mão se quiser pegá-lo. Ou seja, um conjunto
complexo de pensamentos liga as informações visuais ao controle motor.
Mas pesquisadores da Universidade Trento, na Itália, descobriram
que essa forma de comportamento cerebral não é exclusivo de quem vê. Eles
descobriram que as pessoas cegas realizam as mesmas operações na mesma região
do cérebro que as pessoas que enxergam, mesmo que, aparentemente, essas
operações pareçam estar ligadas a informações visuais.
No estudo, foram escanearam cérebros de voluntários cegos e sadios
enquanto eles pensavam sobre ferramentas e outros objetos. Cada pessoa passou
por um escâner de ressonância magnética enquanto ouvia um conjunto de palavras
de uma categoria, como serra garfo, borboleta e cerca.
O escaner revelou as partes do cérebro que ficaram ativas quando os
voluntários ouviam cada palavra. O resultado foi surpreendente, as pessoas
cegas pensam em um objeto na mesma região do cérebro que uma pessoa que possui
a visão.
Bradford Mahon, um dos pesquisadores, afirmou que “o jeito como nosso
cérebro lida com o mundo pode depender menos de nossa experiência do que
acreditávamos, o que não significa que ela seja menos importante”.
Embora as pessoas cegas não usem os olhos, mas o tato, audição e outros
sentidos para enxergar, a forma com que elas enxergam são iguais as de qualquer
outra pessoa com boa visão. Apenas o caminho usado para levar as informações ao
cérebro, no caso os olhos, é que se diferencia.
Fonte: Fatos
Desconhecidos
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