Ela tinha 20
anos, estudava fotografia e aproveitava a vida ao máximo. Mas esse não era seu
verdadeiro “eu”, já que ela estava planejando pôr fim a própria vida. Laura
Hospes sofria de transtorno alimentar e, embora tenha tratado o problema, a
doença havia voltado com mais força. A garota procurou um psicólogo e, após um
ano de tratamento, acabou atentando contra a própria vida sem sucesso.
Como Laura conta
no site de notícias Bored Panda, ela acabou acordando no hospital psiquiátrico.
Após a recuperação física, ela fez um retrato dela mesma, da mesma forma como
ela fazia anteriormente quando se sentia solitária ou com raiva. Ela sentiu um
rápido alívio após isso.
Recuperando-se
com a ajuda da arte
Laura usou a
câmera do seu smartphone, já que estava sem acesso as suas outras coisas. Seu
namorado trouxe a câmera um dia depois. “Eu comecei a me retratar nesta
situação horrível. Toda vez que eu fazia uma sessão de autorretrato, senti
um alívio rápido que acalmava a minha cabeça”.
Segundo Laura, a
câmera a ajudou a lidar com todas as emoções fortes que a estavam “esmagando”.
“Eu honestamente senti como se estivesse prestes a explodir se eu não pudesse
me expressar, por isso a minha câmera me salvou dessa maneira”.
Conscientização e
apoio
A garota desenvolveu
um projeto com as fotos batizado de UCP-UMCG, que é justamente o nome do
departamento psiquiátrico que ela esteve internada. O objetivo é tocar as
pessoas, principalmente aquelas que precisam ver que não estão sozinhas
[enfrentando esse problema].
Laura também quer
conscientizar as pessoas que não tem ideia do que está por trás da porta de um
hospital psiquiátrico, para que elas possam ver a dor e o medo dos pacientes.
“As pessoas em hospitais psiquiátricos não são loucas, elas sentem-se como se
estivessem enlouquecendo. E isso é o pior sentimento que já tive”,
finaliza a garota.
Semana de
Prevenção ao Suicídio
Todos os anos,
cerca de 12 mil pessoas se suicidam no Brasil, segundo a Organização Mundial de
Saúde (OMS). Uma campanha nacional em defesa da vida, idealizada pelo
Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Associação Brasileira de
Psiquiatria (ABP), vai deixar iluminadas de amarelo as fachadas de prédios
públicos em todo o país, inclusive o Palácio do Congresso.
A campanha marca
o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, celebrado em 10 de setembro, e tem como
objetivo desfazer o tabu e ajudar médicos a identificar, tratar e instruir
pacientes. Para isso, serão lançadas, em outubro, publicações com informações
sobre o perfil de potenciais suicidas, quadros que podem levar ao suicídio e
onde buscar orientação.
Dados alarmantes
De acordo com a
Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 800 mil pessoas se suicidam por
ano em todo o mundo. Para a ABP e o CFM, falta uma política de atenção, com
infraestrutura e recursos humanos suficientes para ajudar quem sobre com stress,
depressão e esquizofrenia, transtornos que podem, entre outros, levar ao
suicídio.
No Brasil,
segundo a OMS, houve um crescimento de 10,4% no número de suicídios entre 2000
e 2012. A alta é de 17,8% entre mulheres e de 8,2% entre os homens. A
mortalidade de pessoas com idade entre 70 anos ou mais é maior, de acordo com a
pesquisa.
Fonte: Mega
Curioso
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