E a questão
gritante da desigualdade social entrou em pauta mais uma vez. A agência de
notícias Bloomberg resolveu fazer um calculo revelador: se a pessoa
mais ricade um país doasse todo seu dinheiro para os pobres, isto faria do
mundo um lugar melhor? Bom, de acordo com o índiceRobin Hood, criado pela
agência para fazer o cálculo, a situação seria bem diferente em cada país.
Quarenta e duas nações
foram selecionadas para o desenvolvimento da pesquisa – algumas com índices bem
diferentes das demais, de forma a mostrar como a suposição não funcionaria de
maneira similar em todos os países. O índice comparou a fortuna das
pessoas mais ricas com o número de pessoas vivendo na pobreza. Basicamente, o
patrimônio líquido dos bilionários foi dividido de maneira igual entre
os necessitados. A título de comparação, o índice também apresenta o PIB de
cada país. Os dados são da própria Bloomberg, e também do CIA World Factbook.
A conclusão? Sim,
em muitos países esta versão “moderna” de Robin Hood poderia sim melhorar a
vida de muita gente. Nos Estados Unidos, por exemplo, a fortuna de US$
84 bilhões de Bill Gates, se dividida aos 15% da população americana
que vive na pobreza, renderia um montante de US$ 1.735 para cada
pessoa. No Brasil, Jorge Paulo Lemann, da 3G capital, teria
sua riqueza de US$ 24 bilhões divididas em US$ 562 para
cada um: uma quantia modesta para um país com um PIB de US$ 11.604.
O pior resultado,
como já era esperado, foi a Índia. Com uma população gigantesca, osUS$
19,2 bilhões de Mukeshi Ambani renderia muito pouco à população
mais pobre: cerca de US$ 60, o suficiente para comprar 118 refeições
ao preço de 35 rúpias, o que equivale a US$ 0,50. Por outro lado, Chipre e Suécia são
os países onde os pobres mais teriam a ganhar. Claro, ambas as nações são
pequenas (a ilha de Chipre tem 1,1 milhão de habitantes), e seus padrões de
vida são bem elevados. Cada pessoa necessitada, respectivamente, levaria a
bagatela de US$ 45.987 e US$ 33.149.
Vale a pena
lembrar que, de acordo com a agência, quantificar o impulso de cada pagamento é
difícil, uma vez que o dólar pode variar muito de país para país, de acordo com
a moeda local. Além disto, a linha de pobreza é diferente em cada nação.
Fonte: Fatos
Desconhecidos
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