Você sabia que
muita gente convive com o autismo sem sequer imaginar que pode ter essa
condição? A maioria das pessoas possui uma imagem pré-concebida dos autistas,
como sendo a de crianças com alto índice de inteligência, mas pouca habilidade
de interação social.
Porém,
o que a muita gente não sabe é que o autismo possui uma variadade muito grande
de sintomas e manifestações. Algumas pessoas com grau leve de autismo podem
passar a vida toda sem nem imaginar que possuem esse distúrbio neurológico. Mas
seria possível identificá-lo depois de adulto?
Cientistas
britânicos desenvolveram um teste que pode definir se um adulto possui algum
grau de autismo e não sabe. O teste ainda está em estágios iniciais de estudo e
requer um maior aprofundamento nos resultados para ser possível determiná-lo
como eficiente.
Etapas do teste
Algumas perguntas
do teste parecem ser bastante perspicazes para identificar pessoas que vivem
com autismo: “Você gosta de organizar os itens em linha ou padrões?”, “Você
fica chateado com pequenas alterações nesses padrões?” e “Você arruma esses
itens repetidamente?”, são alguns dos exemplos.
Já outras
questões tentam identificar um padrão de comportamento, devendo a pessoa
responder se há uma identificação grande ou pequena com as afirmações: “Eu
prefiro ir a uma biblioteca do que a um jogo de futebol”, “Eu escuto sons que
ninguém mais escuta”, “Eu presto atenção em placas de carros ou números que
ninguém costuma dar muita bola”, e por aí vai.
Os médicos também
pedem que os pacientes descrevam as atividades que faziam quando eram crianças
e as que fazem depois de crescidos. A principal vantagem desse tipo de teste é
que adultos podem respondê-lo em casa, sem a necessidade de uma consulta médica
para saber se elas possuem algum grau de autismo.
Movimentos
repetitivos
Uma das
principais características do autismo está no padrão de repetição de movimentos,
pensamentos ou comportamentos. Agitar muito os braços, as mãos ou os dedos,
ficar obcecado por algum tipo de programa, balançar ou girar o corpo e catar
objetos são algumas situações consideradas comuns nos pacientes que tem o
distúrbio.
Os médicos
acreditam que esse tipo de comportamento repetitivo pode ter duas explicações:
prazer e concentração. O prazer está em estimular os sentidos com um padrão
aceitável e a concentração está em “anular” outros fatores do ambiente que
causam estresse físico ou psicológico nas pessoas com autismo.
“Muitas medidas
utilizadas para a investigação e diagnóstico de autismo contam com os pais ou
professores para relatar os comportamentos dos indivíduos com o distúrbio. O
que nossa pesquisa tem feito é tentar desenvolver um teste no qual os
indivíduos podem apresentar um relatório sobre seus próprios comportamentos e
como estes os afetam”, explicou a professora Sue Leekam da Universidade de
Cardiff e diretora do Centro de Pesquisa de Autismo de Wales.
Entretanto,
é preciso ressaltar que a presença de comportamentos repetitivos não é sinônimo
de autismo, já que doenças como o Parkinson e o transtorno obsessivo-compulsivo
também podem apresentar essas condições.
Fonte: Mega
Curioso
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