O diabetes
mellitus, também chamado dediabetes,
é um grupo de distúrbiosmetabólicos.
Esses distúrbios são caracterizados porhiperglicemia,
resultantes de efeitos na ação da insulina, na secreção de insulina ou em
ambas. Segundo um relatório divulgado pela Organização Mundial de Saúde (OMS)
mais de 16 milhões de brasileiros sofrem com diabetes. Aqui no Brasil a doença
é responsável por 72 mil mortes, aproximadamente.
O agravante da
doença se deve, principalmente, ao estilo de vida que as pessoas levam hoje,
que geram mais estresse e alimentação repleta de alimentos industrializados.
Por isso, conscientizar-se sobre hábitos alimentares é muito importante para
quem tem a doença.
Patrícia Cruz,
nutricionista comportamental com ênfase em tratamento de diabetes mellitus,
alerta para a epidemia de diabetes.“Atualmente, estima-se que a população
mundial com diabetes seja da ordem de 387 milhões e que alcance 471 milhões em
2035.
O número de
diabéticos está aumentando em virtude do crescimento e do envelhecimento
populacional, da maior urbanização, da progressiva prevalência de obesidade e
sedentarismo, bem como da maior sobrevida de pacientes com DM.” – adverte a
especialista. Por isso, a necessidade do conhecimento da doença e como a
alimentação influência nesse processo.
Tipos de Diabetes
Segundo Patrícia
Cruz, os tipos mais conhecidos são o diabetes mellitus tipo 1 e do tipo 2. No
primeiro caso, ocorre uma completa deficiência na produção de insulina pelo
pâncreas. Já no diabetes mellitus tipo 2, há um defeito na secreção ou ação da
insulina.
Além desses dois
tipos, há o diabetes gestacional que ocorre durante a gestação e outros tipos
específicos, conforme a classificação pela OMS. Há ainda o pré-diabetes, que se
caracteriza pela glicemia de jejum alterada e a tolerância à glicose diminuída,
isto é, fatores de risco para o desenvolvimento do diabetes mellitus.
Fatores de Risco
A obesidade é fator
de risco para o desenvolvimento do diabetes tipo 2. Portanto, uma alimentação
equilibrada somada a prática de atividade física podem prevenir o surgimento da
doença, pois, nesse caso,uma dieta rica em gordura e açúcares leva à obesidade,
que é fator de risco para o diabete. Quando se trata do diabetes tipo 1, que é
uma doença auto-imune de causa genética, a alimentação vai evitar apenas as
complicações da doenças.
Tratamento
Infelizmente não há
cura para o diabetes. Por isso, a especialista reforça a importância do cuidado
com o habito alimentar. “A alimentação tem influência direta na concentração de
açúcar no sangue. Isto é, os macronutrientes, carboidratos, proteína e lipídios
alteram a elevam a glicemia após a ingestão, cada qual em seu tempo. Os
carboidratos elevam a glicemia após 15 minutos, em contrapartida a proteína
após 2 ou 3 horas.” – explica Patrícia.
Alimentação
Não há alimentos
que previnem a doença, mas existem alimentos que a controlam. Osportadores de
diabetes devem excluir o açúcar e incluir carboidratos complexos, ricos em
fibras.“Quando a dieta está equilibrada, não ocorre a hiperglicemia, taxas
elevadas de açúcar no sangue. Essa concentração alta de açúcar no sangue e
tóxico, que chamamos de glicotoxidade. A glicotoxidadeé responsável por causar
várias complicações micro e macrovasculares do diabetes, como problemas renais,
de visão e coração”,alerta a especialista.
Por isso, a dietas
ricas em fibras (verduras, legumes, frutas, arroz integral, granola,
leguminosas);carboidratos simples (batata, pães brancos, macarrão
branco);adequada em proteínas (carne vermelha, queijos, leite, frango, peixe) e
lipídios (queijos amarelos, óleos, manteiga) auxiliam nas taxas de açúcar,
juntamente com os hipoglicimiantes orais e/ou insulina.
No caso das
crianças, segundo Patrícia, o indicado é a terapia de contagem de carboidratos,
que é recomendada pela American Diabetes Association. Essa é uma ferramenta
segura e que permite fazer o controle das taxas glicêmicas de forma eficiente.
Fonte: Mega Curioso
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