Em tempos de
Tinder, conhecer novas pessoas é situação cada vez mais frequente e, com os
novos encontros vêm as novas preocupações: será que a pessoa vai gostar de
você? Será que o papo vai ser bom? O que dizer? O que não dizer?
Para nos ajudar a
resolver essas questões existenciais da vida moderna, um grupo de cientistas resolveu testar algumas técnicas
de conversação e descobrir um jeito de cativar uma pessoa num primeiro
encontro. A gente mais do que agradece.
Basicamente, o que
eles fizeram foi promover encontros entre pessoas desconhecidas, que falaram a
respeito de seus sonhos, descreveram o que seria um dia perfeito para elas,
compartilharam situações vergonhosas etc. O que se percebeu foi que, em todos
os casos, houve certo nível de reciprocidade, maior ou menor, mas que há um
tipo de reciprocidade que faz mais sucesso.
Monólogo ou
diálogo?
Entre os perfis
analisados houve, obviamente, o do “tagarela”, que fala sem parar enquanto a
outra pessoa fica apenas escutando, com aquela cara de paisagem. Qual dos dois
tipos de interação você acha que tende a terminar bem: aquela que envolve
reciprocidade de diálogo ou a que é basicamente um monólogo?
Para descobrir
isso, a Dra. Sue Sprecher avaliou a conversa entre desconhecidos, que interagiam
por meio de uma webcam – a conversa online foi escolhida por possibilitar o
controle de interferências externas, como linguagem corporal, postura e
qualquer outra dica que possa contribuir para que uma pessoa goste ou não da
outra.
Cada dupla interagiu
duas vezes para que as pessoas que ficaram apenas ouvindo um voluntário
tagarela tivessem também a oportunidade de falar em outra conversa, provocando
um equilíbrio no estudo, de certa forma. Depois de cada conversa, os
participantes falaram sobre as pessoas com as quais interagiram e disseram se
gostaram ou não de interagir com elas, se se divertiram e falaram, ainda, sobre
as respostas que acreditavam que seus pares dariam.
E o vencedor foi
As respostas
mostraram que os participantes que interagiram mais foram os que relataram
gostar mais um do outro – má notícia aos tagarelas que gostam de fazer
monólogos. Os pares que interagiram mais foram também os que se divertiram mais
e acreditaram que seus interlocutores gostaram deles também. Reciprocidade em
termos de diálogo parece ser um fator realmente importante.
A verdade é que a equipe de Sprecher
comprovou aquilo que muitos já suspeitavam: bons relacionamentos começam com
boas conversas, e tendemos a gostar mais das pessoas que nos deixam falar e que
demonstram reciprocidade de interesse na hora de conversar e contar histórias.
Em resumo: para se dar bem no primeiro
encontro, não seja a pessoa que fala sem parar, mas também não seja aquela que
não fala nada. Interação, caros leitores, é a regra do sucesso.
Fonte: Mega Curioso
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