E
quem de vocês nunca ficou se perguntando o que são aquelas trilhas brancas
deixadas por aviões que cruza o céu? Ou simplesmente como esses rastros
são formados? Pode até parecer fumaça , mas não é! Os rastros deixados no céu
por alguns aviões são como pequenas nuvens, na verdade, formadas pela
condensação do vapor de água.
O fenômeno é
conhecido como “trilha ou esteira de condensação”, ou, em inglês, “contrails”.
Geralmente, essas nuvens aparecem quando o avião está em uma altitude acima de
8.000 metros e com uma temperatura externa abaixo de -40ºC. Uma boa
explicação científica para isso está presente no livro “Cockpit Confidencial:
Tudo o Que Você Precisa Saber Sobre o Curso de Ar”, escrito por um dos pilotos
de avião mais experientes do mundo, Patrick Smith.
No
livro, a explicação é a seguinte:
“Contrails são formados quando os gases de escape úmidos do jato
condensam em cristais de gelo no frio, no ar seco e de nível superior. Não é
muito diferente do nevoeiro que resulta quando você expira em um dia frio.
Poderíamos dizer que os Contrails são nuvens. O vapor de água, por mais
estranho que possa parecer, é um subproduto da combustão dentro de motores a
jato, que é de onde a umidade vem. Para um contrail se formar, depende muito da
altitude e da composição atmosférica do ambiente.”
Normalmente, a
temperatura externa dos aviões quando atingem grandes altitudes (acima de 8.000
metros) é bastante baixa, chegando a -50ºC. Ao mesmo tempo, as turbinas das
aeronaves produzem uma descarga de gases quentes, com mais de 300ºC. Quando
esses gases entram em contato com o ar extremamente frio, o vapor de água se
resfria rapidamente e se condensa, formando pequenas gotas de água.
Com o movimento do
avião, o resultado é uma fina nuvem, que pode ser longa e duradoura ou curta e
rápida, dependendo da umidade e da temperatura da atmosfera. Quanto mais frio e
úmido, maior e mais duradoura será o rastro. Embora sejam constituídos, em
sua grande maioria, por cristais de gelo, as trilhas também podem conter outros
elementos provenientes da exaustão das aeronaves, como fuligem e dióxido de
enxofre.
Na
maioria das vezes, os rastros são formados em em poucos minutos vão sumindo.
Esse processo é devido ao descongelamento dos cristais, que vão desfazendo o
caminho das marcas. Todavia, existem casos que duram horas, mas só ocorrem
quando no céu já existem cristais formados e que se unem aos de origem dos
aviões.
Os primeiros
trilhos de condensação foram observados durante e logo após o término da 1º
Guerra Mundial (1914-1918), quando os aviões finalmente alcançaram altitudes
necessárias para o fenômeno. Uma das primeiras observações aconteceu em 1919,
durante um voo em Munique, na Alemanha. Na ocasião, a aeronave alcançou uma
altitude de pouco mais de 9.200 metros. Agora, caros leitores da Fatos
Desconhecidos, vocês sabem exatamente como as trilhas de condensação se formam
e se espalham, e que elas são compostas por minúsculos cristais de gelo.
Fonte: Fatos Desconhecidos
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