O segredo para
curar a chamada “febre maculosa”, sem maiores sequelas, é identificar a doença
com o máximo de antecedência possível, segundo afirmou o especialista em
doenças infecciosas Dr. Amesh Adalja em entrevista ao site Live Science. Também
conhecida como ‘febre do carrapato’, ou ‘febre manchada das montanhas
rochosas’, nos Estados Unidos, a enfermidade é causada pela bactéria Rickettsia
rickettsia. O agente é transmitido pela mordida do carrapato-estrela, presente
em bois, cavalos, cães e capivaras, entre outros animais.
A bactéria
danifica as células do revestimento dos vasos sanguíneos, causando diminuição
da pressão arterial pela perda de fluidos, explicou o Dr. Adalja. Ele também
afirmou que o sistema imunológico da pessoa pode causar danos ainda maiores ao
identificar a presença da infecção.
A diminuição
drástica da pressão arterial é o que causa o grande problema para os portadores
da doença. Adalja ressalta que em qualquer caso de infecção, com a pressão
sanguínea reduzida ao mínimo, as pessoas não têm condições de sobreviver e
acabam entrando em um quadro clínico chamado de choque séptico. Nesse ponto o
corpo passa a atuar direcionando o sangue para os órgãos vitais e reduzindo a
circulação nas extremidades, o que causa morte dos tecidos. Como consequência,
os membros precisam ser amputados.
De acordo com o
Centros de Prevenção e Controle de Doenças (CDC), o antibiótico utilizado para
combater essa enfermidade atua melhor se o tratamento for iniciado antes do
quinto dia de infecção, de modo que casos extremos, em que o paciente perde os
membros ou chega a morrer, são mais raros de acontecer. Geralmente, as
situações mais graves ocorrem por variações nos sintomas iniciais, o que
dificulta a identificação da doença.
Por exemplo, a
infecção pode ocasionar o surgimento de erupções cutâneas no início ou com
certo atraso, o que pode influenciar na rapidez do diagnóstico. De acordo com o
CDC, somente em 10 % dos casos, o paciente não apresenta manchas avermelhadas
na pele, o que pode ocasionar a situação mais grave. Segundo informações da
organização Mayo Clinic, quando a doença não recebe o tratamento adequado, a
incidência de casos fatais chega a 75 %.
Caso Jo Rogers
Infelizmente, o
recente caso de Jo Rogers, de 40 anos chamou a atenção dos especialistas nos
Estados Unidos. O diagnóstico correto da doença foi dado com atraso e a mulher
começou a ficar com os membros escuros, de modo que os médicos precisaram
amputá-los. Ela perdeu os braços, a partir dos cotovelos, e as pernas, a partir
dos joelhos.
A suspeita é de
que ela tenha contraído a doença durante as férias, nas quais passou alguns
dias na região do Grande Lago, em Oklahoma. Ela começou a ter sintomas
semelhantes aos de uma gripe e foi hospitalizada quatro dias depois da viagem.
Fonte: Mega Curioso
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