Diversos estudos
apontaram que existe uma relação entre inteligência e longevidade — e que as
pessoas mais inteligentes costumam viver mais. Muitos pesquisadores teorizavam
que a razão disso estaria associada ao fato de indivíduos mais “espertinhos”
serem mais propensos a fazer escolhas melhores, ter melhores empregos e ser
mais bem sucedidos, podendo, portanto, desfrutar de melhores condições de vida.
Entretanto,
segundo Stephanie Pappas do portal Live Science, um estudo realizado por pesquisadores da Escola
de Economia e Ciência Política de Londres revelou que 95% da relação entre
inteligência e longevidade é influenciada pela genética. Os pesquisadores
descobriram isso após analisar informações de três estudos realizados com
gêmeos idênticos e fraternos — selecionando os pares nos quais um dos irmãos já
tivesse falecido.
Culpa da genética
Um dos estudos
trazia dados de 377 gêmeos norte-americanos que eram veteranos da Segunda
Guerra Mundial, outro de 246 gêmeos suecos e o terceiro de 784 duplas
dinamarquesas. A análise apontou que, de modo geral, o irmão mais inteligente
dos gêmeos geralmente era o mais longevo, independente de que se tratasse de
irmãos idênticos ou fraternos.
No entanto, os
pesquisadores também notaram que a diferença entre a longevidade dos gêmeos
fraternos era maior do que a existente entre os idênticos — sugerindo que a genética
era a responsável por essa discrepância.
Pares
Os pesquisadores
optaram por realizar o estudo com informações obtidas a partir de levantamentos
com gêmeos porque, no caso dos idênticos, eles compartem 100% de seu genoma,
enquanto que os fraternos compartem a metade de seus genes. Assim, avaliando
esses dados, eles puderam descartar fatores externos — como o acesso a melhor
educação, empregos, estilo de vida etc. — e focar apenas na genética.
Contudo,
os pesquisadores também ressaltaram que o estudo é imitado e que eles se
basearam em testes de QI realizados por participantes já na meia idade, o que
significa que os resultados podem ter sido afetados pelo declínio cognitivo que
ocorre naturalmente com a idade. Portanto, seria interessante ver os mesmos
resultados sendo replicados em pesquisas mais abrangentes.
Fonte: Mega
Curioso
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