Não é de hoje que
os padrões de beleza infernizam a vida de milhões de pessoas que fazem de tudo,
tudo mesmo, para mudar a própria imagem à procura do sonhado “corpo perfeito”.
É comum que as mulheres sejam mais cobradas nesse sentido, mas, de uns tempos
para cá, a indústria das cirurgias plásticas e dos produtos de beleza conseguiu
atrair o público masculino também, que parece estar cada vez mais insatisfeito
com a imagem diante do espelho.
O Huffington Post publicou um ensaio que retrata os
problemas de autoimagem enfrentados por homens que, por algum motivo, acreditam
que seus corpos não são desejáveis. Um estudo recente descobriu que, para os homens, estar
acima do peso é um fator associado a fraqueza e falta de força de vontade,
enquanto os musculosos são vistos como confiantes e poderosos.
Outras pesquisas
já revelaram que os homens têm mais dificuldades para comunicar suas próprias
inseguranças, o que faz com que eles levem mais tempo para trabalhar em cima
daquilo que acreditam que está errado. Além disso, já é comprovado que, para os
homens, falar a respeito daquilo que não gostam com relação ao próprio visual ainda é um tabu.
Para mostrar que,
sim, os rapazes também têm inseguranças com relação ao próprio corpo, o veículo
resolveu fotografar 19 homens com idades entre os 20 e os 60 anos, sem camisa,
de modo que a principal insegurança de cada um deles fosse verbalizada. As
fotos foram feitas por Damon Dahlen. Confira algumas delas a seguir:
1 – A barriga
“Não gosto de
sentar com o meu tronco curvado sobre as minhas pernas – me parece grosseira a
forma como a minha barriga encosta em meu cinto. Da mesma forma, se eu tiro a
camiseta, tento ficar deitado ou reclinado, de forma que meu troco fique
alongado. Eu também flexiono meus braços e meu abdome constantemente. A dor e a
tensão de malhar fazem com que eu me sinta melhor”.
2 – A idade
“Eu sou realista
com relação ao meu corpo. Cuido de mim mesmo e me exercito vigorosamente e
regularmente, mas agora não tenho mais 30 anos. Vejo um monte de caras na minha
idade cujos corpos parecem, bem, tristes, e eu estou determinado a não deixar
que isso aconteça comigo.
É constrangedor,
mas às vezes eu pressiono meus dedos contra a minha barriga para tentar me
convencer de que meu abdome é firme. Raramente falo com meus amigos a respeito
de minhas preocupações com meu corpo, e reparo que a maioria dos meus amigos
são casados e estão acima do peso – não tenho certeza de que há uma correlação
entre esses dois fatores, mas, como resultado disso, nós não falamos muito
sobre problemas com nossos corpos”.
3 – O peso
“Eu
frequentemente me sinto um pouco fraco e inconsistente e gostaria de ter um
corpo mais poderoso. Eu me sinto realmente agradecido pelo fato de que algumas
pessoas ao meu redor são muito abertas com relação às próprias questões
corporais – essa é a chave. Uma vez um amigo começou a falar e foi o que fez
com que todos os outros falassem também”.
4 – Confiança com
o tempo
“Eu me sinto
muito melhor com relação ao meu corpo do que eu me sentia antes. Até eu estar
no final da universidade, eu tinha um metabolismo incrivelmente rápido, o que
eu percebi que para muitos seria uma benção. Para mim, isso me deixou
parecendo, como muitos dos meus amigos já descreveram, com “um sobrevivente do
Holocausto”. Desde então, meu metabolismo desacelerou. Eu ocasionalmente vou à
academia, o que eu acho que tem ajudado minha confiança de alguma forma”.
5 – Dilemas
“Eu sinto como se
tivesse desapontado meu corpo. No ensino médio era ‘eu sou tão magro, eu
preciso crescer’, mas agora é ‘eu ainda sou muito magro, mas agora eu tenho uma
barriga’. Minhas inseguranças dobraram nesse sentido. Ter braços magros e uma
barriga de cerveja é longe de estar no arquétipo muscular masculino. Falo sobre
isso com minha namorada, às vezes, mas com os meus amigos, não. Grupos de
homens héteros não são fontes imediatas de empatia e consideração”.
6 – Com ou sem
camisa
“Eu normalmente
acho que ninguém pode ver que eu tenho barriga quando estou usando camiseta,
então eu sinto como se estivesse expondo um segredo quando a tiro. Não me
lembro de um momento em minha vida no qual eu tenha me sentido totalmente
confortável com relação ao meu corpo. Tem sido especialmente ruim desde que
terminei a universidade, possivelmente por causa da insegurança que vem com os
novos amigos, novos arranjos de vida e com o fato de morar em uma nova cidade”.
7 – Mudança
“Sempre
senti como se eu fosse inadequado. Depois, trabalhar [com mídia] me deixou mais
confortável na minha própria pele do que em qualquer outro momento da minha
vida. Não tenho ideia do porquê, mas parece que aprender sobre espaços e ideias
ajuda. Com as mulheres eu discuto minha imagem corporal. São conversas quase
sempre produtivas. Com os homens, por outro lado, eu evito essas discussões,
pois homens estão constantemente tentando evitar parecer fracos. Isso é um
saco”.
Fonte: Mega
Curioso
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